terça-feira, 10 de junho de 2014

PMDB aprova Michel Temer como vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff

Brasília (DF) – Com aprovação de 398 (59.1%) convencionais e 275 (40,9%) contrários, o PMDB decidiu nesta terça-feira (10), durante a convenção nacional, apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff nas próximas eleições em outubro, dando continuidade a chapa que tem Michel Temer como vice-presidente da República.

Em discurso após a vitória o vice-presidente, Michel Temer, garantiu aos correligionários que a atuação do partido durante o próximo governo será ainda mais próxima ao Planalto. “Não vamos ser apenas um partido de base de apoio, mas seremos o próprio governo”, afirmou Temer.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ressaltou a importância da manutenção da chapa Temer-Dilma e da coerência do Partido. “Quero falar apenas com a autoridade, não de presidente da Câmara, mas com a autoridade de quem, desde os vinte anos segura a bandeira do Partido. O PMDB é uma legenda que sempre teve uma divisão democrática das bancadas. Mas essa divisão jamais ameaçou a coerência, a unidade do Partido”, atentou.

Ao final da Convenção, a presidente Dilma Rousseff compareceu ao auditório Petrônio Portela, no Senado, para agradecer o apoio do partido nas próximas eleições. "Juntos nós vencemos as eleições de 2010. Juntos nós vamos vencer a eleição de 2014. Juntos nós vamos fazer o Brasil andar pra frente. É com convicção e com muita alegria que eu agradeço a esse grande partido, o PMDB. A renovação do apoio da aliança estratégica, o fortalecimento dos laços de um projeto coletivo que vem transformando o Brasil e que tem muito a avançar. Quero agradecer a vocês por terem me oferecido um vice da qualidade e da lealdade do Michel Temer”, salientou a presidente.

O grupo dissidente alega que o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo e critica a postura do PT de priorizar candidaturas próprias nos estados, em vez de formar coligações em algumas regiões com candidatos peemedebistas.

Estados dissidentes

Apesar da maior parte dos discursos na convenção durante as votações favoráveis a aliança com o PT, também tiveram críticas ao partido da presidente Dilma Rousseff, sobretudo com relação à postura da sigla nas disputas regionais.

"O PMDB mais uma vez conduz a democracia, mas infelizmente o PT no nível regional em diversos estados não tem essa compreensão. Depois de oito anos ocupando espaços no governo Sérgio Cabral, o PT não percebeu, no Rio de Janeiro, a importância da transição que estamos fazendo para a população", disse o prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

Na última quinta-feira (5), em evento promovido pelo presidente regional do PMDB no Rio de Janeiro, Jorge Picciani, lideranças do partido apoiaram à candidatura de Aécio Neves (PSDB). O candidato tucano, no entanto, não chegou a declarar apoio a Pezão, candidato à reeleição do PMDB para governador do estado.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou, em discurso, acreditar os conflitos entre PT e PMDB nos estados não impedirão a parceria no plano nacional.


"A presidenta Dilma, na última ocasião em que estivemos juntos, teve oportunidade de dizer que o Rio de Janeiro é exemplo de aliança entre o PMDB e o PT. Por isso, estamos aqui para confirmar que estamos juntos e que não serão os percalços regionais que irão atrapalhar essa aliança."

Com informações do Portal PMDB na Câmara

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