Brasília (DF) – Com aprovação de 398 (59.1%) convencionais e
275 (40,9%) contrários, o PMDB decidiu nesta terça-feira (10), durante a
convenção nacional, apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff nas
próximas eleições em outubro, dando continuidade a chapa que tem Michel Temer
como vice-presidente da República.
Em discurso após a
vitória o vice-presidente, Michel Temer, garantiu aos correligionários que a
atuação do partido durante o próximo governo será ainda mais próxima ao
Planalto. “Não vamos ser apenas um partido de base de apoio, mas seremos o
próprio governo”, afirmou Temer.
O presidente da
Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ressaltou a importância da
manutenção da chapa Temer-Dilma e da coerência do Partido. “Quero falar apenas
com a autoridade, não de presidente da Câmara, mas com a autoridade de quem,
desde os vinte anos segura a bandeira do Partido. O PMDB é uma legenda que
sempre teve uma divisão democrática das bancadas. Mas essa divisão jamais
ameaçou a coerência, a unidade do Partido”, atentou.
Ao final da
Convenção, a presidente Dilma Rousseff compareceu ao auditório Petrônio
Portela, no Senado, para agradecer o apoio do partido nas próximas eleições.
"Juntos nós vencemos as eleições de 2010. Juntos nós vamos vencer a eleição
de 2014. Juntos nós vamos fazer o Brasil andar pra frente. É com convicção e
com muita alegria que eu agradeço a esse grande partido, o PMDB. A renovação do
apoio da aliança estratégica, o fortalecimento dos laços de um projeto coletivo
que vem transformando o Brasil e que tem muito a avançar. Quero agradecer a
vocês por terem me oferecido um vice da qualidade e da lealdade do Michel
Temer”, salientou a presidente.
O grupo dissidente
alega que o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo e critica
a postura do PT de priorizar candidaturas próprias nos estados, em vez de
formar coligações em algumas regiões com candidatos peemedebistas.
Estados dissidentes
Apesar da maior parte
dos discursos na convenção durante as votações favoráveis a aliança com o PT,
também tiveram críticas ao partido da presidente Dilma Rousseff, sobretudo com
relação à postura da sigla nas disputas regionais.
"O PMDB mais uma
vez conduz a democracia, mas infelizmente o PT no nível regional em diversos
estados não tem essa compreensão. Depois de oito anos ocupando espaços no
governo Sérgio Cabral, o PT não percebeu, no Rio de Janeiro, a importância da
transição que estamos fazendo para a população", disse o prefeito da
cidade do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
Na última quinta-feira
(5), em evento promovido pelo presidente regional do PMDB no Rio de Janeiro,
Jorge Picciani, lideranças do partido apoiaram à candidatura de Aécio Neves
(PSDB). O candidato tucano, no entanto, não chegou a declarar apoio a Pezão,
candidato à reeleição do PMDB para governador do estado.
O ex-governador do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou, em discurso, acreditar os
conflitos entre PT e PMDB nos estados não impedirão a parceria no plano
nacional.
"A presidenta
Dilma, na última ocasião em que estivemos juntos, teve oportunidade de dizer
que o Rio de Janeiro é exemplo de aliança entre o PMDB e o PT. Por isso,
estamos aqui para confirmar que estamos juntos e que não serão os percalços
regionais que irão atrapalhar essa aliança."
Com informações do Portal PMDB na Câmara
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